Carlo Giuliani: Um Jovem Morto aos 23 Anos que se Tornou um Símbolo de Luta e Resistência
- Unity Raven
- 20 de jul
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No ano de 2001, a cimeira do G-8 em Génova contou com um dispositivo de segurança excecional, que incluía 20 mil polícias e militares. Também em Génova, foi realizada uma contracimeira, convocada por mais de 700 coletivos, que atraiu mais de 150 mil manifestantes contra a globalização e o neoliberalismo.

No dia 20 de julho desse ano, as forças de segurança italianas atacaram violentamente os manifestantes. Carlo Giuliani foi baleado no olho esquerdo e atropelado duas vezes por um SUV da polícia, tendo sido assistido por uma ambulância apenas 30 minutos depois, sendo declarada a sua morte no local.

No dia 21 de julho, uma manifestação de 300 mil pessoas recordou Carlo, sob gritos de "Assassini!". A polícia reprimiu brutalmente, chegando a lançar gases lacrimogéneos de helicóptero. Mais de sessenta pessoas ficaram feridas, detidas sem motivo, e muitas sofreram agressões graves. A polícia italiana chegou mesmo a ser apanhada, pelas imagens televisivas, a plantar cocktails Molotov para usar como provas falsas e justificar a violência.

Legado e Justiça
Em 2017, o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos condenou a Itália por tortura em Génova. No entanto, a justiça italiana absolveu a maioria dos polícias envolvidos, e o assassino de Carlo foi absolvido. A mãe de Carlo, Haidi Giuliani, continua a lutar pela memória do filho, assegurando que o seu nome permaneça vivo nos movimentos anticapitalistas.

Fontes : todoporhacer.org , Working Class History Fb, Assemblea Antifascista Cantabria
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