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O Movimento Armilar Lusitano

  • Foto do escritor: Labrego
    Labrego
  • 23 de jul.
  • 2 min de leitura

Criado no ano de 2018 por militantes de extrema-direita fortemente inspirados pelos ideais neo-nazis, o MAL aparece em Portugal como reflexo do crescimento da extrema-direita na Europa e no mundo. Este fenómeno mostra que as garras do fascismo não se extinguiram com o fim da 2ªa Guerra Mundial, aliás, a sua sombra sempre continuou a ser projetada de forma discreta por entre acordos e nostalgias de um império repugnante que em toda a sua existência contrariou o «ser-se humano». Os vestígios da contra-revolução falhada do pós 25 abril, uniram-se mais uma vez para tentar queimar o cravo que libertou Portugal.

 

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Desta vez, o fundador não foi um general frustrado em março de 1975, mas sim 3 indivíduos: um motorista de pesados, um segurança privado e um chefe da polícia. À exceção dos dois primeiros, o último destaca-se porque a sua presença denuncia a ideologia que se veio a propagar no seio da polícia e das forças armadas conforme o tempo avançou. A confiança nestes dois órgãos é facultativa, mas a presença de um assumido fascista num deles destrói a possibilidade de alguma vez achar que estamos completamente protegidos por um estado que se diz de todos.

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 A investigação da PJ apreendeu material explosivo e um conjunto muito diversificado de armamento. Este arsenal juntamente com a milícia armada que o grupo pretendia criar, seria utilizado para assassinar vários políticos de esquerda e realizar uma invasão ao Palácio de Belém e à Assembleia da República. O recrutamento dos membros, realizado através do Telegram, priorizava todos aqueles que tivessem no seu histórico formação militar e experiência com armas. Sublinhava também as características físicas e questionava os candidatos sobre as orientações políticas de cada um.


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 O aparecimento deste movimento levanta questões sobre um futuro que se diz cada vez mais incerto. Talvez seja mesmo essa incerteza tão natural, que ao ser instrumentalizada por populistas natos, continue a fazer com que nos matemos e odiemos uns aos outros. O objetivo é mesmo este, todos os que se dizem anti-sistema não passam de ladrões. Querem roubar o amor e a solidariedade que nascem colados aos corações dos recém-nascidos. Querem-nos tirar o que faz de nós humanos. Não é por acaso que a sigla é «MAL».

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